Documentos
oficiais - entre correspondências confidenciais, bilhetes manuscritos e
ofícios - revelam os bastidores da atuação de José Dirceu no comando da
Casa Civil, entre janeiro de 2003 e junho de 2005. Liberados com base
na Lei de Acesso à Informação, os papéis enviados e recebidos pelo homem
forte do governo Luiz Inácio Lula da Silva explicitam troca de favores
entre governo e partidos aliados, intervenções para que empresários
fossem recebidos em audiências e controle sobre investigações envolvendo
nomes importantes da máquina pública.
Nestes
documentos estão as provas que o ex-ministro tinha em mãos as fitas do
encontro entre Valdomiro Diniz e o bicheiro Carlos Cachoeira. As fitas
foram entregue a Dirceu pelo próprio grupo de arapongagem de Cachoeira.
O encontro teria
acontecido no aeroporto de Brasília onde Valdomiro Diniz recebia de
Cachoeira uma sacola preta com dinheiro, a filmagem foi extraída das
câmeras de seguranças da Infraero. O que não se sabia ate agora era como
Dirceu teve acesso a essas imagens, o responsável pela arapongagem foi o
então sargento da inteligência da Aeronáutica, Idalberto Matias de
Araújo (Dada) que passou para Abin todo material dos encontros de
Cachoeira e o assessor da Casa Civil, Valdomiro Diniz.
José
Dirceu foi flagrado pelo ministério publico usando a Abin para derrubar
do ministério da Fazenda o seu “companheiro” Antônio Palocci.O MP de
Ribeirão Preto também flagrou o chefe de gabinete da Palocci, Jucelino,
adquirindo uma maquina de grampo telefônico, que chegaria pela cidade
fronteiriça de Foz do Iguaçu. As escutas telefônicas onde Jucelino
falava com o amigo particular de Palocci, Rogerio Burat, demonstravam um
clima acirrado entre os ministros e a arapongagem de ambos e usando a
espionagem como arma.
Fonte: QuidNovi por Mino Pedrosa
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