A  decisão da Comissão de Ética Pública, que  recomendou a demissão do  ministro Carlos Lupi (Trabalho), não foi  produto de "milagre" ou de  mudança radical de atitude de um órgão  marcado por decisões tardias e  que mais parecem destinadas a colocar  panos quentes em crises morais do  governo. A decisão do Comissão de Éica  Pública foi acertada  previamente com o gabinete da presidenta Dilma  Rousseff, por sua  determinacão. Ela não participou diretamente dos  entendimento, mas sim o  ministro Gilberto Carvalho, chefe da  Secretaria-Geral da Presidência  da República, à qual a comissão é  vinculada. Tudo porque Dilma cansou  de esperar que Carlos Lupi  apresentasse sua exoneração, por isso a  deliberação do Comissão de Ética  se transformou em nova oportunidade de  promover a saída do ministro. Na  noite desta quarta-feira, fonte do  Palácio do Planalto informou que  Dilma espera a carta demissionária do  ministro antes de decidir sobre a  recomendacão da Comissão de Ética  Pública. 
PT quer o Ministério do Trabalho
PT quer o Ministério do Trabalho
Desde o início da crise política provocada pelas denúncias de corrupção envolvendo o ministro e seus assessores, parlamentares ligados ao PT e sua direção nacional pressionam o governo a retirar o Ministério do Trabalho do controle da central Força Sindical, ligada ao PDT de Carlos Lupi, para entregá-lo a representantes da Central Única dos Trabalhadores, subordinada aos interesses petistas. Essa pressão, associada ao desgaste provocado pelas denúncias, podem ter provocado a iniciativa da presidenta Dilma de usar a Comissão de Ética Pública para recolocar na agenda política a demissão de Lupi. Dilma também estuda a alternativa de fundir o Ministério do Trabalho ao da Previdência, sob a chefia do atual ministro e senador Garibaldi Alves, na aguardada reforma ministerial do início do ano. Mas Garibaldi pode também retornar ao Senado como o nome do Planalto para o lugar de José Sarney, que estaria preparando sua retirada.
Fonte: claudiohumberto.com.br 
 

 
 
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