Deputado distrital Alírio Neto |
Presidente do diretório do PPS de Pernambuco, o ex-deputado federal Raul Jungmann endereçou à Executiva nacional do partido um ofício incômodo.
No texto, referendado pela sessão pernambucana do PPS, Jungmann pede a saída da legenda da administração petista do governador do DF Agnelo Queiroz.
No plano federal, o PPS faz oposição à gestão de Dilma Rousseff, também petista. Em Brasília, o partido é governo. Ocupa a Secretaria Justiça.
A carta de Jungmann pede à Executiva que determine a imediata saída do cargo do deputado distrital Alírio Neto (foto), do PPS.
Diz o texto que, considerando-se a bruma de suspeições que envolve Agnelo, a gestão dele tornou-se incompatível com os “princípios éticos” defendidos pelo PPS.
É a segunda vez que a “ética” do PPS esbarra na aética que viceja em Brasília. O partido também integrava o governo panetônico de José Roberto Arruda (ex-DEM).
Ocupava secretaria de Saúde, gerida pelo ex-deputado Augusto Carvalho. Abalroado pelo mensalão do DEM, Augusto deixou o cargo e o PPS rompeu com Arruda.
Dá-se agora coisa parecida. Presidente do PPS federal, o deputado Roberto Freire (SP) terá de submeter a carta de Jungmann à apreciação da Executiva.
Considerando-se o estilo e as críticas que costuma dirigir ao petismo, Freire tende a endossar o pedido expresso no ofício do diretório pernambucano.
O debate interno do PPS foi aberto no mesmo dia em que a Câmara Legislativa do DF recebeu cinco pedidos de impeachment de Agnelo.
Entre os autores dos requerimentos de afastamento do governador estão o PSDB e o DEM, parceiros do PPS na oposição a Dilma no Congresso.
Confirmando-se o desembarque, o PPS será a primeira legenda a abandonar a coligação de Agnelo. O partido ocupa duas das 24 cadeiras do legislativo local.
Alheio a perspectiva de início de erosão de sua base de apoio, Agnelo lotou uma churrascaria na noite passada, para celebrar seu aniversário de 53 anos.
Ao som de fogos, discursou para uma plateia de 600 pessoas. Entre elas o grão-petê José Dirceu e o presidente do PT federal, Rui Falcão.
Acusado de receber propinas à época em que foi ministro do Esporte e diretor da Anvisa no governo Lula, Agnelo comparou-se a Juscelino Kubstichek:
"Essa festa é a demostração de apoio político e da sociedade, que não quer mais o grupo político que afundou Brasília” , disse ele.
“Juscelino Kubitschek foi atacado e construiu Brasília. Esses ataques só me dão mais força."
Por Josias de Souza
No texto, referendado pela sessão pernambucana do PPS, Jungmann pede a saída da legenda da administração petista do governador do DF Agnelo Queiroz.
No plano federal, o PPS faz oposição à gestão de Dilma Rousseff, também petista. Em Brasília, o partido é governo. Ocupa a Secretaria Justiça.
A carta de Jungmann pede à Executiva que determine a imediata saída do cargo do deputado distrital Alírio Neto (foto), do PPS.
Diz o texto que, considerando-se a bruma de suspeições que envolve Agnelo, a gestão dele tornou-se incompatível com os “princípios éticos” defendidos pelo PPS.
É a segunda vez que a “ética” do PPS esbarra na aética que viceja em Brasília. O partido também integrava o governo panetônico de José Roberto Arruda (ex-DEM).
Ocupava secretaria de Saúde, gerida pelo ex-deputado Augusto Carvalho. Abalroado pelo mensalão do DEM, Augusto deixou o cargo e o PPS rompeu com Arruda.
Dá-se agora coisa parecida. Presidente do PPS federal, o deputado Roberto Freire (SP) terá de submeter a carta de Jungmann à apreciação da Executiva.
Considerando-se o estilo e as críticas que costuma dirigir ao petismo, Freire tende a endossar o pedido expresso no ofício do diretório pernambucano.
O debate interno do PPS foi aberto no mesmo dia em que a Câmara Legislativa do DF recebeu cinco pedidos de impeachment de Agnelo.
Entre os autores dos requerimentos de afastamento do governador estão o PSDB e o DEM, parceiros do PPS na oposição a Dilma no Congresso.
Confirmando-se o desembarque, o PPS será a primeira legenda a abandonar a coligação de Agnelo. O partido ocupa duas das 24 cadeiras do legislativo local.
Alheio a perspectiva de início de erosão de sua base de apoio, Agnelo lotou uma churrascaria na noite passada, para celebrar seu aniversário de 53 anos.
Ao som de fogos, discursou para uma plateia de 600 pessoas. Entre elas o grão-petê José Dirceu e o presidente do PT federal, Rui Falcão.
Acusado de receber propinas à época em que foi ministro do Esporte e diretor da Anvisa no governo Lula, Agnelo comparou-se a Juscelino Kubstichek:
"Essa festa é a demostração de apoio político e da sociedade, que não quer mais o grupo político que afundou Brasília” , disse ele.
“Juscelino Kubitschek foi atacado e construiu Brasília. Esses ataques só me dão mais força."
Por Josias de Souza
Fonte: Folha.com - Josias de Souza
Blog do Edson Sombra
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