Embalados pelo sucesso do dia da Independência, organizadores marcam nova manifestação, mas só para 18 de outubro. População será convidada a protestar contra o voto secreto no Congresso
Natalia Emerich_Brasília247 – Um dia após reunir 25 mil pessoas para protestar contra a corrupção durante o desfile oficial do 7 de setembro, na Esplanada dos Ministérios, os organizadores da marcha contra a corrupção confirmaram a próxima mobilização: no dia 18 de outubro, às 18h, os brasilienses estão convidados para caminhar até o Congresso Nacional para se manifestar contra o voto secreto dos parlamentares. Foi o voto secreto de 265 deputados que possibilitou a absolvição da deputada federal Jaqueline Roriz (PMN-DF) em agosto.
A manifestação realizada no dia 7 foi o início de um grande movimento, segundos os organizadores. O protesto foi organizado por 58 voluntários de todas as idades, profissões e classes sociais. Pelo Facebook, rede social na qual a marcha foi divulgada, os participantes discutem os próximos passos.
O objetivo é aproveitar o sucesso da caminhada contra a corrupção para lutar pela honestidade na política. Os organizadores querem mais e afirmam que a luta só começou.
"Demos o primeiro passo para curar o país desse vício que é a corrupção", diz a autônoma Luciana Kalil, 30 anos.
Para o estudante de Direito Guilherme Mendes, 19, o trabalho de conscientização política deve ser disseminado pela capital.
Ele considera que o início, parte mais difícil, foi superado com sucesso. Agora é não desistir. "As pessoas estão com vontade de lutar, perceberam que é um movimento do povo para o povo", lembra. Como estudante, Guilherme idealiza ampliar as ações.
"Queremos ir às escolas e a outros lugares onde haja formadores de opinião."
A vontade de agregar cada vez mais pessoas à luta contra a corrupção anima até veteranos. A autônoma Claudia Cunha, 44, é um exemplo. Quando adolescente, em 1983, participou das Diretas Já – movimento pelas eleições presidenciais com voto direto.
Quase três décadas depois, Claudia voltou a se emocionar com a mobilização no dia da Independência. Para ela a corrupção é uma massa doentia que deve ser curada com a participação do povo.
"Pretendemos direcionar o movimento para o que as pessoas precisam, seja na saúde, na educação ou em qualquer outra área", reivindica. "São as nossas necessidades como seres humanos em jogo."
Quase três décadas depois, Claudia voltou a se emocionar com a mobilização no dia da Independência. Para ela a corrupção é uma massa doentia que deve ser curada com a participação do povo.
"Pretendemos direcionar o movimento para o que as pessoas precisam, seja na saúde, na educação ou em qualquer outra área", reivindica. "São as nossas necessidades como seres humanos em jogo."
O analista de sistemas Luiz Gonzaga, 26, considera que o esforço contra a política podre deve ser coletivo. De acordo com ele, as coisas no Brasil andam muito devagar e as pessoas, sozinhas, ficam impotentes. "Eu sozinho me sinto incapaz, mas juntos podemos mostrar nossa revolta", indigna-se.
Engajado, o analista explica que a manifestação é mais eficaz quando todos estão juntos em prol da mesma causa.
"Protesto não é violência, é lutar pelo bem comum."
"Protesto não é violência, é lutar pelo bem comum."
De acordo com a recepcionista de eventos Adriana Lago, 29, a política solidária não deve ser utópica, é obrigação de quem está no poder. "Os políticos deveriam atender às necessidades da população, mas atendem às causas próprias e a população segue prejudicada", desabafa. Segundo Cláudia, enquanto os políticos seguem corrompidos, a sociedade brasiliense se mobilizará e lutará por um país mais honesto, no que ela chama de "febre do bem a favor do respeito pela nação brasileira".
Fonte: Brasília 247 - 08 do Setembro de 2011 às 20:23.

bem,tenho certeza que essa música minha diz tudo sobre a atual situação http://www.youtube.com/watch?v=dQRQkTuYhCI
ResponderExcluirabraços
andre