Objetivo é "vender" Brasília e órgão poderá ser a 34ª secretaria. O governador Agnelo Queiroz recebeu o projeto de Miguel Lucena, presidente da Codeplan. Temor é de que seja criada uma nova BrasíliaTur, antro de corrupção no governo de Arruda
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| AGNELO QUEIROZ E MIGUEL LUCENA |
Informações Priscila Mesquita_Brasília247 – Está nas mãos do governador Agnelo Queiroz (PT) um projeto para criar uma agência de eventos de Brasília. A ideia foi formatada pelo policial civil, poeta, jornalista e presidente da Codeplan, Miguel Lucena, e pelo publicitário e assessor especial da Secretaria de Assuntos Estratégicos Kleber Ferriche.
Pelo projeto, o DF será tratado como um "produto" que precisa ser "vendido" mundo afora. Segundo Ferriche, o conceito é inédito e inovador: "Não trabalhamos com eventos pontuais, isolados. O projeto traz um conceito novo, de integração de todas as ações, para dar uma cara para Brasília. É algo abrangente e contagiante".
Um exemplo prático da proposta tem inspiração na Bahia da época de Antônio Carlos Magalhães. Segundo Ferriche, em qualquer lugar do mundo onde houvesse uma feira, uma reunião, um seminário, as pessoas eram recepcionadas com uma tradicional baiana oferecendo acarajé. "Isso se transformou em um conceito forte, Brasília não tem algo assim", diz. Ele explica que o trabalho será desenvolvido em parceria com outras secretarias, como a de Turismo, a de Publicidade e a de Comunicação, entre outras.
Agnelo recebeu o documento antes da viagem que fez à China, em agosto. Segundo alguns interlocutores, ele teria gostado e se interessado em colocar a agência para funcionar. Ela pode ser criada por decreto e terá estrutura de funcionamento similar à de uma secretaria de Estado. Seria a 34ª secretaria do governo do Distrito Federal (GDF).
O projeto, entretanto, já enfrenta algumas resistências nos Palácio do Buriti. Primeiro por representar uma estrutura a mais a ser criada, algo que pode trazer desgastes. Alguns assessores mais próximos a Agnelo temem algo pior: que a agência se torne uma nova BrasíliaTur, estrutura criada no governo de José Roberto Arruda que se tornou símbolo de corrupção e desvio de dinheiro por meio de festas, shows e eventos superfaturados.
Em maio de 2010, a BrasíliaTur teve o processo de liquidação iniciado. Ele foi concluído em dezembro do ano passado, quando ativo e passivo da empresa foram repassados ao GDF. Hoje, a fase de extinção está prestes a ser encerrada, faltando apenas algumas pendências burocráticas e contábeis.
O resultado da liquidação é representativo: existem cerca de 60 processos de tomada de contas especial na Secretaria de Transparência. Cada um deles apura um possível repasse irregular de verba pública a artistas, produtores e demais empresas envolvidas na organização dos eventos da BrasíliaTur. "Ao final, o resultado da tomada de contas será encaminhado ao Tribunal de Contas do DF", afirma Dionísio Barbosa, secretário adjunto da Secretaria de Transparência.
No governo de Joaquim Roriz houve uma iniciativa semelhante, mas sem criar estrutura burocrática e despesas: o Conselho de Promoção da Capital Federal. Reunia as secretarias de Turismo, Cultura, Esporte, Comunicação, Publicidade e Desenvolvimento Urbano para promover Brasília no país e no exterior. O Conselho trabalhava com os recursos financeiros das secretarias e utilizava seus funcionários, sem ônus adicional para o GDF.
Fonte: Brasília 247
Pelo projeto, o DF será tratado como um "produto" que precisa ser "vendido" mundo afora. Segundo Ferriche, o conceito é inédito e inovador: "Não trabalhamos com eventos pontuais, isolados. O projeto traz um conceito novo, de integração de todas as ações, para dar uma cara para Brasília. É algo abrangente e contagiante".
Um exemplo prático da proposta tem inspiração na Bahia da época de Antônio Carlos Magalhães. Segundo Ferriche, em qualquer lugar do mundo onde houvesse uma feira, uma reunião, um seminário, as pessoas eram recepcionadas com uma tradicional baiana oferecendo acarajé. "Isso se transformou em um conceito forte, Brasília não tem algo assim", diz. Ele explica que o trabalho será desenvolvido em parceria com outras secretarias, como a de Turismo, a de Publicidade e a de Comunicação, entre outras.
Agnelo recebeu o documento antes da viagem que fez à China, em agosto. Segundo alguns interlocutores, ele teria gostado e se interessado em colocar a agência para funcionar. Ela pode ser criada por decreto e terá estrutura de funcionamento similar à de uma secretaria de Estado. Seria a 34ª secretaria do governo do Distrito Federal (GDF).
O projeto, entretanto, já enfrenta algumas resistências nos Palácio do Buriti. Primeiro por representar uma estrutura a mais a ser criada, algo que pode trazer desgastes. Alguns assessores mais próximos a Agnelo temem algo pior: que a agência se torne uma nova BrasíliaTur, estrutura criada no governo de José Roberto Arruda que se tornou símbolo de corrupção e desvio de dinheiro por meio de festas, shows e eventos superfaturados.
Em maio de 2010, a BrasíliaTur teve o processo de liquidação iniciado. Ele foi concluído em dezembro do ano passado, quando ativo e passivo da empresa foram repassados ao GDF. Hoje, a fase de extinção está prestes a ser encerrada, faltando apenas algumas pendências burocráticas e contábeis.
O resultado da liquidação é representativo: existem cerca de 60 processos de tomada de contas especial na Secretaria de Transparência. Cada um deles apura um possível repasse irregular de verba pública a artistas, produtores e demais empresas envolvidas na organização dos eventos da BrasíliaTur. "Ao final, o resultado da tomada de contas será encaminhado ao Tribunal de Contas do DF", afirma Dionísio Barbosa, secretário adjunto da Secretaria de Transparência.
No governo de Joaquim Roriz houve uma iniciativa semelhante, mas sem criar estrutura burocrática e despesas: o Conselho de Promoção da Capital Federal. Reunia as secretarias de Turismo, Cultura, Esporte, Comunicação, Publicidade e Desenvolvimento Urbano para promover Brasília no país e no exterior. O Conselho trabalhava com os recursos financeiros das secretarias e utilizava seus funcionários, sem ônus adicional para o GDF.
Fonte: Brasília 247
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