A situação do secretário de Obras, Luiz Pitiman, já não é tão confortável no governo de Agnelo Queiroz.
Na semana passada, o governador ficou contrariado ao saber que Pitiman, um integrante de sua própria equipe, teria trabalhado na Câmara Legislativa contra o projeto de lei que deu poderes de investimento à Terracap.
Agnelo foi informado de que Pitiman estava abertamente contra o projeto tentava convencer deputados derrubar parte da proposta de iniciativa do Executivo.
O secretário de Governo, Paulo Tadeu, telefonou para todos os deputados distritais e pediu empenho na aprovação do projeto exatamente como fora encaminhado à Câmara Legislativa.
Os deputados entenderam que se tratava de uma forma de dizer que Pitiman, nesse caso, não falava em nome de Agnelo.
O Executivo acabou vitorioso na votação. Aprovou o projeto, mas as sequelas permaneceram.
Há quem defenda internamente que a situação de Pitiman ficou insustentável.
O padrinho político do secretário de Obras, o vice-governador Tadeu Filippelli (PMDB) estava fora de Brasília na semana passada, em viagem à Europa e retornou na última sexta-feira. Receberá um relato de dificuldades entre Pitiman e petistas.
Resta saber se Filippelli fará questão da permanência do aliado no governo. Os dois mantinham uma relação próxima, mas tiveram vários desentendimentos desde que Pitiman se elegeu deputado federal e assumiu cargo no governo.
A demissão de Pitiman tem um complicador. Ao convidá-lo para o governo, Agnelo atendeu a um pedido da Igreja Universal do Reino de Deus. O suplente de Pitiman, Ricardo Quirino (PRB), é pastor da igreja.
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