A Polícia Civil do Distrito Federal é constituída por cidadãos comuns. São mortais como todos nós. E o policial, por mais titã que seja, não quer representar o poder da força. Prefere aplicar a força do poder, sem reprimir, sem ser opressivo. Não quer dinheiro apenas para comida. Até porque, a categoria entende que também tem direito a diversão e arte.
Dentro desse contexto, os policiais entendem que deve haver uma saída para qualquer lugar, sem depender da precariedade dos meios de transportes da capital da República ou dos serviços públicos de saúde - que em greve há oito dias, deixam o governo numa verdadeira UTI.
Para os policiais, saída, nesse caso específico, significa um carro, que exige dinheiro para a prestação, combustível, troca de óleo, pneus, seguro (mesmo porque, apesar de haver polícia, há ladrão tem em toda parte).
É cantando os Titãs, que eles ameaçam retomar a greve que abalou o Palácio do Buriti paralelamente à chegada de Agnelo Queiroz ao governo. Nesta terça-feira 5, os policiais vão estar reunidos na sede do Sinpol. De antemão, esclarecem à população que, passados noventa dias após o fim da última greve, nada do que foi negociado com o governo foi cumprido integralmente.
E a ameaça de uma nova greve ronda delegacias, postos de segurança comunitária e a própria Direção Geral da Polícia Civil. Se o acordo negociado há três meses não for honrado, a categoria voltará a cruizar os braços sem aviso prévio. E a greve, se acontecer de novo, sustenta o Sindicato, será por tempo indeterminado.
Segundo o Sindicato dos Policiais Civis do Distrito Federal, Brasília merece segurança pública de qualidade. Mas para isso, adverte o Sinpol, deve haver reciprocidade do Palácio do Buriti. E se o governador prometeu, tem que cumprir! Ou, em outras palavras, quem ajoelha tem de rezar, sob pena de o governo levar um tiro mortal.
Fonte: Blog do José Seabra
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