Fisiologismo é coisa do passado. Lembrando firmeza de quando estava no Gabinete Civil, presidente diz ao PMDB que o toma-lá-dá-cá foi sepultado, tendo a chantagem por caixão Leonardo Mota Neto A presidente Dilma Rousseff resolveu confrontar de frente e de rijo a velha tradição republicana do toma-lá-dá-cá. Não liberará as emendas parlamentares contidas nos restos a pagar de 2009. Disse aos mais próximos que não voltará atrás naquilo com que se havia comprometido: instituir novos padrões no relacionamento com suas bancadas de apoio no Congresso. É sintomático que somente o PMDB esteja na frente de resistência a Dilma. É o partido mais revoltado com a não-liberação das emendas. O líder na Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves, choramingava nesses dias, pechinchando em público com o governo: aceitaria o mínimo das emendas liberadas, ou seja, 1 bilhão de reais, conquanto que fosse agora, antes do recesso parlamentar. O total é de R$ 4,5 bilhões. Dilma não lhes dará nada. Seu roteiro não é o do ex-presidente Lula, que a aceitava a barganha e até a incentivava. Lula gastou abundantemente os recursos do Tesouro. Gastou tanto que a atual presidente teve de cortar R$ 80 bilhões desses abusos. Dilma não iria congelar gastos aqui e ser liberal com os políticos acolá. Estaria se desmentindo e passando aos agentes econômicos uma péssima noticia de incongruência. Os partidos da base terão que apoiá-la sob outros fundamentos, civilizadamente, não chantagem. Surpreendentemente, outros partidos eivados de suspeição de fisiologismo - PP, PDT,PR,PRB e PTB - não pressionam a presidente na mesma direção do PMDB. Colocam-se de acordo com as circunstâncias do atual quadro político. Seus líderes - como o senador Francisco Dornelles, presidente do PP - recebem rasgados elogios de seus pares pelo republicanismo demonstrado na sua atuação parlamentar, contrariamente à sanha do PMDB por cargos, verbas e emendas. A presidente revela horror à companhia de alguns dos quadros do PMDB. E uma ojeriza em especial por Jader Barbalho, Eduardo Cunha e Eliseu Padilha. Apenas suporta Wagner Rossi e Moreira Franco porque são amigos e indicados por Michel Temer para compor o governo. Não aprecia o lider no Senado, Romero Jucá. Tolera Renan Calheiros. E respeita José Sarney, pela bagagem, mas faz questão de manter-se em meia distância dele. Não é o partido aliado de seus sonhos, como foi para Lula. Se puder ter um parceiro do PT será o PSB. Mas sabe, realista que é, que os socialistas de Eduardo Campos não deverão ter punch para se estruturarem até 2012, e servirem de alternância ao PMDB. Se houver rebelião no Congresso, Dilma a enfrentará com argumentos sólidos. Receberá o franco e decisivo apoio da sociedade através da imprensa e da opinião pública pela firme atitude de resistir à chantagem do PMDB. Os próximos eventos dirão quem tem razão. Se somos um país fadado a aceitar a chantagem como instrumento de política, ou se ainda novamente veremos a política se impor como um conjunto de valores que a faziam um nobre celeiro de pessoas dignas. Fonte: Blog do José Seabra | ||
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quarta-feira, 29 de junho de 2011
DILMA ACABA COM VIGARICE DOS ALIADOS
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