O Partido dos Trabalhadores (PT) e o Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB)
hoje são muito parecidos em suas ideologias. Não é a toa que o
casamento entre os partidos aconteceu no plano federal e no DF.
O
PT nasceu na esquerda radical, passou para o centro e hoje é um partido
meio sem identidade definida por satisfazer ao extremo as vontades das
siglas fisiológicas.
Já
o PMDB, quando era MDB, foi um partido de centro esquerda, mas desde
quando José Sarney, por uma sorte do destino, sentou na cadeira de
presidente da República, a sigla se transformou na personificação exata
do fisiologismo. Pode-se afirmar que nenhum partido no Brasil é tão
adepto a troca de favores como o PMDB.
De
acordo com o dicionário, o significado de fisiologismo, é: “Prática
política voltada para o interesse e proveito personalizados do
praticante, mercê de atos de prevaricação e corrupção ou afins.”
O
único partido que teve a maior participação nos três últimos governos
(FHC, Lula, Dilma) foi o PMDB. Além disso, a sigla, com frequência, é
notícia na imprensa cobrando cargos e privilégios pelo apoio dado no
Congresso Nacional e na Câmara Legislativa do Distrito Federal.
O
problema é que agora o casamento que prometia ser eterno está em crise.
Como toda mulher que casa por interesse, o PMDB não se contenta apenas
com uma casa de três andares, piscina aquecida, dois carros na garagem,
comida e roupa passada. Já o PT, que faz o papel de marido com a “mão
aberta” para segurar a esposa, não está tão “solidário” com os apelos e
súplicas do cônjuge.
Todo
esse jogo de interesse ressuscita um antigo questionamento: o sistema
de governo presidencialista está falido no país, pois o que está em
evidência não são os anseios da população, mas sim uma troca de favores
entre os poderes.
É
a partir dessa troca que a incompetência toma de conta da administração
pública, quando um indicado político assume um cargo pelo qual não tem
preparo suficiente para exercê-lo. Com isso, o povo vai sendo
prejudicado pela falta de eficiência nas áreas da saúde, educação,
infraestrutura.
Nessa
briga de marido e mulher, o povo só pode pôr a colher de quatro em
quatro anos. O problema é que a plateia acostumou com a briga e hoje
acha tudo normal. Ninguém interrompe a confusão, e os cônjuges
agradecem.
Fonte: Guardian Notícias - Por Fred Lima / redacao@guardiannoticias.com.br
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