Em segredo – Dificultando
como pode a reforma ministerial, a petista Dilma Rousseff, candidata à
reeleição, decidiu levar o PMDB em banho-maria. Para embarcar na
campanha da presidente, o PMDB quer mais e melhores ministérios, além de
cargos no segundo escalão do governo. Dilma e seus companheiros de
legenda sempre souberam do apetite peemedebista, o que confirma que o
Mensalão do PT foi substituído pelo criminoso loteamento da Esplanada
dos Ministérios, onde incompetentes e despreparados ocupam cargos
importantes e que exigem conhecimento para a tomada de decisões.
Dilma
pretende vencer o PMDB pela canseira, mas o tiro já começa a sair pela
culatra, pelo menos no âmbito estadual, situação que pode comprometer os
planos político-eleitorais de alguns “companheiros”, como é o caso de
Alexandre Padilha, ex-ministro da Saúde e candidato imposto por Lula
para concorrer ao Palácio dos Bandeirantes, sede do Executivo paulista.
O
primeiro sinal de que Padilha terá problemas no mais importante e rico
estado da federação surgiu na noite da última segunda-feira (10).
Vice-presidente da República e presidente licenciado do PMDB, Michel Temer
reuniu-se com o governador Geraldo Alckmin, encontro que não constava
na agenda de ambos. Para aumentar ainda mais as especulações, a reunião
aconteceu no apartamento do deputado federal Gabriel Chalita
(PMDB/SP), que na campanha de 2010 atuou como bombeiro na polêmica que
se formou após Dilma declarar que o aborto é uma questão de saúde
pública. Católico fervoroso e conhecido, Chalita fez a interface com os
religiosos, minimizando os estragos na seara da petista.
Na
disputa pela prefeitura de São Paulo, em 2012, Gabriel Chalita
concorreu no primeiro turno, mas no segundo acabou apoiando Fernando
Haddad. À época, especulou-se que Chalita poderia ser recompensado com o
Ministério da Educação, o que não aconteceu.
Gabriel
Chalita é muito ligado ao tucano Geraldo Alckmin, a quem já serviu, em
governo anterior, como secretário de Educação. O mais estranho nesse
encontro de masmorra é que Michel Temer chegou ao apartamento de Chalita
sem a companhia de Paulo Skaf, presidente da poderosa Fiesp e
pré-candidato do PMDB ao governo paulista.
Temer
precisa correr contra o tempo e se articular politicamente, pois uma
eventual derrota de Dilma Rousseff nas urnas de outubro próximo pode
decretar a fim da carreira política do atual vice-presidente da
República. Michel Temer sabe que são pequenas as chances de Alexandre
Padilha decolar como candidato, assim como reduzida é a possibilidade de
Skaf apontar na linha de chegada da corrida ao governo de São Paulo.
Enquanto
Dilma Rousseff acredita que é possível empurrar os aliados com a
barriga, o PMDB não perde tempo e flerta com Alckmin, que também busca a
reeleição. Sempre lembrando que Michel Temer não é um estreante na
política nacional. No momento em que o PMDB decidir desembarcar do
projeto de Dilma, o PT saberá com quantos paus se faz uma canoa. Se é
que até lá a embarcação já não afundou.
Fonte: UCHO.INFO
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