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sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Justiça italiana nega liberdade provisória a Pizzolato por ele apresentar ‘perigo de fuga’


A Justiça italiana negou nesta sexta-feira a liberdade provisória ao ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, condenado no mensalão, por ele apresentar “perigo de fuga”. Na saída da Corte de Apelação de Bolonha, o advogado de Pizzolato, Lorenzo Bergami, disse que seu cliente falou às autoridades por cerca de meia hora em um “italiano perfeito”. A defesa tenta fazer com que o preso aguarde em liberdade a decisão sobre sua extradição para o Brasil.

Lorenzo Bergami informou que, no depoimento, Pizzolato se manifestou contra a extradição por considerar “político” o julgamento do processo do mensalão no Brasil. O advogado revelou também que o mensaleiro está “tranquilo” e que “não arrancou os cabelos”. Pizzolato deixou o tribunal dentro de um furgão azul para a penitenciária de Modena, às 13h40m (horário local).

Pizzolato chegou na Corte de Apelação de Bolonha, por volta das 10h10m (horário local), dentro de um furgão da Polícia Penitenciária e seguiu para o 1º andar do Palazzo di Giustizia, onde foi ouvido. Não foi possível vê-lo por conta da película do vidro do veículo. Mais cedo, a mulher do mensaleiro Andréa Eunice Haas chegou ao local, mas muito irritada, não quis falar com a imprensa.

Ontem, a defesa de Pizzolato adiantou como deverá se postar diante do juizado. 

— Ele me deixou entender que não quer voltar ao Brasil - revelou na tarde de quinta-feira o advogado criminalista, escolhido pela polícia italiana para representar Pizzolato, já que o brasileiro não tinha advogado. 

Bergami explicou que, numa audiência fechada programada para amanhã, duas perguntas serão levantadas pelos três juízes : 

— Vão pedir sua identidade. Depois vão perguntar se ele quer ou não ser extraditado.

Se Pizzolato dissesse que gostaria de ser extraditado, “o procedimento seria rápido” e poderia durar uma semana. Mas, como ele vai dizer que não quer ser extraditado, todo o processo, que pode acabar na Corte de Cassação de Roma, pode chegar a demorar seis meses.

— Ele está abatido. Acho que ele já esperava (ser preso). Olhando suas imagens na internet e vendo ele agora, certamente envelheceu. A mulher está abalada — disse o advogado.

Na perseguição dos policiais em Pozza de Maranello, na casa onde o ex-direitor de marketing do Banco do Brasil foi preso, foram levados dois computadores.

Um dos argumentos usados em casos para negar a extradição é a situação de cárcere no país que está pedindo a extradição, neste caso, o Brasil. Bergami disse que ainda não sabe se vai usar este argumento:

— Pode ser um argumento. Mas nem sei como são as condições de cárcere no Brasil. Mas é uma condição que é levantada em geral.

A segunda etapa seria ir à Corte de Cassação em Roma, entre dois e três meses. Um processo que deve durar 6 meses.

— Uma possibilidade é permanecer em casa com um bracelete eletrônico — disse o advogado.

Segundo Bergami, o fato de Pizzolato ter usado documentos falsos “não ajuda”. Ele disse, ainda, que não é certo que o réu será liberado nesta sexta-feira.

Fonte: Jornal O Globo - Por Deborah Berlinck.

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