Um personagem para lá de polêmico e que conhece bem as entranhas da política esse é o cabo da Polícia Militar, João Dias.
Um verdadeiro arquivo vivo. Depois de seis meses de negociação
conseguimos a entrevista com o mestre de Kung-Fu. Nos encontramos em um
local da cidade é conversamos por mais de cinco horas seguidas. Dias
toda a hora falava uma frase que era quase um mantra. “ O PT acabou com a
minha vida”.
O
personagem que causa tanto espanto em alguns políticos não deixou
pergunta alguma sem resposta. Seu tom sereno e calmo nos causou
surpresa. Histórias não faltaram. Inclusive a do episódio em que ele
invadiu o Palácio do Buriti e jogou 200 mil para o alto. O acontecimento
foi devidamente explicado. Sem rodeios nomes e fatos foram
apresentados.
Em
sua entrevista a sua metralhadora não é giratória. Os disparos têm os
alvos certos. Para cada nome que João cita, um documento ou uma imagem
aparece. Diferentemente do que costumam falar, João Dias não tem papas
na língua quando quer acusar. Fala tudo com muita propriedade. Problemas
psicológicos não o perseguem. Muito pelo contrário, Dias sabe o que
diz. Ele explicou porque ficou calado todo esse tempo e só agora decidiu
falar.
Sobre
o governador Agnelo Queiroz, suas confidências são muitas. “ O Agnelo
já dormiu em minha casa por diversas vezes. Eu afirmo que várias eu
tirei Agnelo do sufoco.” A amizade entre Agnelo e Dias é tão estreita
que até cargos e diretorias no Banco Regional de Brasília eram indicados
pelo policial militar. Fora uma diretoria da Codeplan que resultou na
história do dinheiro. Nesse enredo o atual, Conselheiro do Tribunal de
Contas, Paulo Tadeu é protagonista.
Sobre Agnelo, o PM fala. “ Não vai ficar pedra sobre pedra vou contar tudo e um pouco mais,” e emenda. “ Quem viver verá.”
Os diversos detalhes (que não são poucos) dessa entrevista contaremos em detalhe no blog durante a semana.
Fonte: Odir Ribeiro.
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