André Vargas PT/PR e o símbolo da resistência dos criminosos petistas presos
Leiam o que informa, Ranier Bragon, Márcio Falcão e Gabriela Guerreiro, na Folha.
Na presença do presidente do STF (Supremo Tribunal Federal) Joaquim Barbosa, o vice-presidente da Câmara, André Vargas (PT/PR),
repetiu nesta segunda-feira (3) o gesto que marcou a prisão dos
petistas condenados no julgamento do mensalão. Por mais de duas vezes,
Vargas ergueu o punho cerrado. Um dos momentos foi quando Barbosa se
retirou da cerimônia de reabertura dos trabalhos do Congresso para ir ao
banheiro.
Ao
se entregarem à Polícia Federal para cumprirem a prisão, o
ex-presidente do PT José Genoino e o ex-ministro José Dirceu (Casa
Civil) ergueram o punho. O gesto foi inclusive reproduzido por petistas
nas redes sociais.
Vargas
é um dos principais críticos do julgamento do mensalão. No ano passado,
ele inclusive atuou na manobra que tentou evitar a abertura de um
processo de cassação de Genoino pela prisão do mensalão, que acabou
levando a sua renúncia. Vargas reiteradamente sustenta a tese do PT de
que não houve compra de apoio político no Congresso nos primeiros anos
do governo Lula, mas apenas crime eleitoral, com caixa dois.
O
vice da Câmara admitiu a provocação a Barbosa. “Muitos cumprimentam com
positivo, sinal de vitória. No PT, é tradicional cumprimentar com L do
Lula e a gente tem se cumprimentado assim [punho erguido]. Foi o símbolo
de reação dos nossos companheiros que foram injustamente condenados. O
ministro está na nossa Casa. Na verdade, ele é um visitante, tem nosso
respeito, mas estamos bastante à vontade para cumprimentar do jeito que a
gente achar que deve”, disse.
Sentado
ao lado de Barbosa, Vargas disse que não “teve o prazer” de conversa
com ele. O petista disse ainda que durante os discursos o presidente do
STF ficou entretido mexendo com o celular. (…)
Voltei:
A
fala é ainda mais ridícula e estúpida do que o gesto. “Nossa Casa”,
deputado? “Nossa” de quem? O senhor recebia, como vice-presidente de uma
das Casas do Congresso e do próprio Legislativo o presidente de um
outro Poder. Ainda que o detestasse, ainda que o considerasse o último
dos homens, ainda que fosse seu inimigo pessoal, deveria ter um
comportamento compatível com sua função institucional. A Câmara não
pertence ao PT.
Mas
isso é o petismo. Suas práticas aviltantes, como o mensalão, acabam
aviltando também as instituições. Imaginem se Barbosa cede à provocação e
decide fazer com as mãos o que eu certamente faria em seu lugar — e por
isso não ocupo cargo nenhum? Cruzar os dedos indicador e médio de uma
das mãos sobre os correspondentes da outra, que é o símbolo da cadeia,
da cela, do xilindró, onde estão os heróis de André Vargas.
Fonte: VEJA.com - Por Reinaldo Azevedo.
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