Washington Mesquita |
As
investigações da Operação Átrio, da Polícia Civil, continuam causando
estragos no mundo político do Distrito Federal. Depois da prisão dos
administradores Carlos Jales (Taguatinga) e Carlos Sidney de Oliveira
(Águas Claras) e da "condução coercitiva" imposta ao ex-governador do
DF, Paulo Octávio (PP), que foi obrigado a prestar esclarecimentos na
delegacia, os investigadores levantam suspeitas de envolvimento de dois
deputados distritais no episódio.
Documentos aos quais o Blog teve acesso mostram diálogo telefônico mantido entre o ex-governador e o deputado Washington Mesquita (PTB). Segundo os policiais, o petebista agradece a Paulo Octávio pela reforma de seu apartamento novo e convida o ex-governador para tomar um vinho na inauguração. "Muito obrigado mesmo!”, diz trecho do diálogo atribuído ao distrital.
Documentos aos quais o Blog teve acesso mostram diálogo telefônico mantido entre o ex-governador e o deputado Washington Mesquita (PTB). Segundo os policiais, o petebista agradece a Paulo Octávio pela reforma de seu apartamento novo e convida o ex-governador para tomar um vinho na inauguração. "Muito obrigado mesmo!”, diz trecho do diálogo atribuído ao distrital.
Mesquita foi o responsável pela indicação de Carlos Jales para o cargo de administrador regional de Taguatinga. Paulo Octávio, é filiado ao PP e dono de uma das maiores construtoras do DF.
Procurado pelo Blog, Washington Mesquita afirmou ter comprado o imóvel ainda na planta e solicitou uma reforma. Disse ainda estar tranquilo em relação às investigações porque, segundo ele, "tudo foi feito na mais perfeita legalidade".
Paulo Octávio |
Noutro trecho, Paulo Octávio
conversa com o empresário Márcio Machado, ex-secretário de Obras do
governo Arruda e membro da Executiva do PSDB/DF. No diálogo, o tucano
fala de uma obra que está com seu projeto encaminhado, mas que estaria
faltando apenas o Relatório de Impacto de Trânsito (RIT), documento
necessário para a liberação de alvarás para obras de grande porte, como
condomínios residenciais, por exemplo.
Márcio Machado |
Segundo o ex-governador afirma no diálogo interceptado, o deputado teria respondido: “Vou falar com o administrador e ver se libera sem o RIT".
Noutro documento que compõe o dossiê da Operação Átrio, os investigadores também levantam suspeitas sobre o suposto envolvimento administrador de Ceilândia, Aridelson Almeida, nos fatos apurados. Há suspeitas de que ele teria sofrido "ingerências" por meio da intervenção de Carlos Jales. Ele foi indicado para o cargo por Chico Vigilante.
Até a publicação deste material, o líder Vigilante, Márcio Machado e o ex-governador Paulo Octávio não haviam se posicionado em relação a esses fatos. Aridelson não foi localizado.
Fonte: Odir Ribeiro.
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