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quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Eleição presidencial: O que as pesquisas não mostram

pesquisa eleitoralUma nova rodada de pesquisa Ibope, sobre as intenções de voto dos candidatos a presidência da República, está nas manchetes dos jornais anunciando uma liderança até certo ponto tranquila de Dilma Rousseff.

Mas a experiência prática de quem já operou mais de uma centena de campanhas eleitorais indica, em primeiro lugar, que pesquisa, um ano antes da eleição, pode mudar… e muito! Na última eleição de prefeito o candidato Celso Russomano liderava com folga, mas na última semana foi alcançado por Haddad e Serra e sequer foi para o segundo turno. Como agora, há seis anos atrás, o DataFolha fez pesquisa nas 10 principais capitais, exatamente um ano antes da eleição. Dos dez candidatos que lideravam um ano antes, só dois foram eleitos. Em São Paulo, inclusive, ganhou Gilberto Kassab, que na pesquisa prematura amargava um terceiro lugar, atrás de Marta Suplicy e Geraldo Alckmin.

Essa mesma experiência também ensina que pesquisa tem que ser vista e analisada muito além dos números frios da intenção de voto estimulada – quando se apresenta os nomes dos candidatos aos eleitores pesquisados. E essa pesquisa recente nos apresenta alguns fatos interessantes.

Em primeiro lugar, a quantidade de votos “não sei”, “nulos” e “brancos” soma mais de 30% em qualquer dos cenários pesquisados. É um número muito expressivo, pois pelo menos a metade dele deverá ir para algum candidato. Anote-se também que a pesquisa foi feita numa semana em que a presidente esteve fortemente na mídia, soltando verbas por todos os lados e leiloando nosso rico petrólinho.

Mas o dado mais importante não foi para as manchetes: a avaliação do governo Dilma soma 37% e é insuficiente para garantir a anunciada reeleição. Explico: quando o candidato se apresenta pela primeira vez, pode apresentar um sonho aos eleitores, umas ideias ainda não bem definidas, um projeto de governo. Quando é um candidato no cargo, pleiteando a reeleição, só há uma alternativa: apresentar um governo bem sucedido, o que quer dizer bem aprovado. Mostrar o que fez, como fez, porque fez. E ter isso bem identificado nos corações e mentes da população. Essa aprovação tem que aparecer representada por números acima de 50% de “ótimo” mais “bom”.

A aprovação do governo já navegou em números confortáveis, da ordem de 65%. Aí vieram os protestos do meio do ano e os números despencaram. O fato é que ainda não se recuperaram suficientemente. Pode ser que isso ocorra até outubro/2014. Pode ser que não. Por isso é muito cedo para afirmar que “Dilma ganha no 1º. Turno” como apregoaram várias manchetes desta semana.

*Artigo publicado originalmente no Jornal de Itatiba, 3 de Novembro de 2013

Fonte: Por Chico Santa Rita - Chico Santa Rita é jornalista, publicitário, consultor em Marketing Político, com mais de 150 campanhas eleitorais realizadas. 

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