Tanto
o PT quanto o PSB duvidam de que a candidatura a governador do deputado
José Antônio Reguffe vá até o fim. O líder do bloco petista na Câmara
Legislativa, Chico Vigilante, acredita que o lançamento só se fez para
cacifar o PDT e o próprio Reguffe. “É um balão de ensaio, criado para
uma negociação posterior”, afirma. Para Vigilante, os problemas começam
com o candidato, que segundo ele não tem vontade política de disputar
efetivamente o Buriti. “É uma pessoa valorosa, mas que sabe a
dificuldade para se governar o Distrito Federal”, assegura.
De olho nas pesquisas
Não é o que pensa o presidente regional do PDT, George Michel. Ele
assegura que a candidatura de Antônio Reguffe é para valer. Conta, sim, com
pouco espaço de rádio e televisão. Mas, diz Michel, isso será superado
de duas formas. Primeiro, com as redes sociais, que reduziram a
dependência do rádio e da televisão. Segundo, com a formação de
coligações. Ele próprio foi procurado por outros partidos — na maioria
de padrão médio.
Corrida ao Senado desencanta
O lançamento de Reguffe ao Buriti teve o condão de desencantar a
disputa pelo Senado. Como havia a presunção de que esse era o objetivo
de Reguffe, os demais candidatos potenciais andavam ressabiados. Até
Geraldo Magela, com nome colocado para o PT, andava meio jururu. Não
mais. Também ganham força nova a reeleição do senador Gim Argello e até
as pretensões do ex-secretário Alberto Fraga, do DEM. Já se começa a
falar, inclusive, que o ex-governador José Roberto Arruda pensa nisso.
Mas pode voltar tudo à estaca zero. Já se sabe que Reguffe não descarta a
ida ao Senado.
Reguffe avisa que está aberto a coligações
Já com candidatura colocada, o deputado federal José Antônio Reguffe
confirmou ontem que está aberto a coligações. Tanto assim que marcou uma
primeira conversa com Toninho Andrade e a ex-deputada Maninha, do PSOL.
Disse que sua vontade é disputar o Buriti, mas que não será candidato a
qualquer preço, nem transigirá em termos de princípios. Quer agora
montar um programa de governo, a ser coordenado pelo senador Cristovam
Buarque, colega de partido. E não abandona a ideia de uma aliança das
esquerdas, aí incluído o senador Rodrigo Rollemberg.
Fonte: Jornal de Brasília – Coluna do Alto da Torre – Eduardo Brito / .
Nenhum comentário:
Postar um comentário