Se eleito governador, Arruda responderá processos no STJ
Nome forte à sucessão ao governo do Distrito Federal, José Roberto Arruda
(PR) corre o risco de não conseguir alçar voo ao Palácio do Buriti e
nem à Câmara dos Deputados. Trâmites jurídicos ameaçam podar as asas do
ex-governador para que os processos que responde na Justiça local não
sejam encaminhados ao âmbito federal. Assim, só restaria ser distrital.
Escândalo
revelado em 2009, pela Operação Caixa de Pandora, quando o então
governador Arruda foi flagrado recebendo dinheiro no esquema conhecido
como Mensalão do DEM, corre na Justiça do Distrito Federal, onde Arruda
só tem condenação em primeira instância. Sem condenação em segunda
instância, Arruda fica livre para concorrer às eleições em 2014.
O
impasse, no entanto, é despertado com a hipótese de Arruda ser eleito
no âmbito federal, como uma cadeira na Câmara dos Deputados.
Ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no DF, Ophir
Cavalcante hipoteticamente analisa que, se eleito a deputado federal,
todos os processos de Arruda caminharão imediatamente ao Supremo
Tribunal Federal (STF).
Na
hipótese de se arriscar ao governo do DF, segundo Ophir, Arruda teria
os processos remetidos ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). “Caso ele
se candidato a distrital, os processos continuariam na Justiça local e
ele poderia percorrer toda a tramitação até chegar ao Supremo”. Com a
demora da Justiça, é possível que Arruda exerça todo o mandato antes de
receber qualquer punição.
Para
o presidente do Partido Republicano no Distrito Federal, Salvador
Bispo, a possibilidade de Arruda se candidatar à Câmara Legislativa não
cabe nem hipoteticamente. “É loucura achar que um ex-governador
concorreria à distrital”, disse, reforçando que Arruda ainda não definiu
o cargo qual deve concorrer. O advogado do ex-governador, Nélio
Machado, também não quis comentar o assunto.
Fonte: Naira Trindade - Portal Diário do Poder.
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