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sábado, 12 de outubro de 2013

Eleições 2014: Apesar das filiações, base se mantém

O governo continua com o mesmo número de deputados que o apoiam. No entanto, algumas legendas, como o PSD, desapareceram da Casa, e o PDT, que não tinha nenhum parlamentar, está com dois representantes.

Mesmo com as movimentações de filiações das últimas semanas, que levaram a troca-trocas partidários, a Câmara Legislativa se mantém essencialmente governista, uma característica histórica da Casa. A base do GDF continua com 21 deputados, e a oposição tem apenas três. No entanto, as mudanças levaram ao fortalecimento de algumas legendas e ao enfraquecimento e até desaparecimento de outras. Se, por um lado, o PDT ganhou dois parlamentares, por outro, o PSD, que chegou a ter a segunda maior bancada, deixou de existir no Legislativo local.

As mudanças de sigla desde o início de 2011 alcançaram quase metade da composição da Casa. Dos 24 deputados, 11 deixaram as legendas pelas quais foram eleitos. Sete trocaram de lugar mais de uma vez (confira quadro). Petistas e peemedebistas se mostraram os mais fiéis. Os partidos do governador Agnelo Queiroz e do vice, Tadeu Filippelli, ganharam filiados entre os distritais (um, cada legenda). Já quem mais sofreu com a infidelidade foram as siglas criadas ao longo da legislatura. É o caso do PSD e do PEN.

O PSD teve quatro deputados filiados nos últimos dois anos, mas perdeu todos. O presidente regional da legenda, o ex-governador Rogério Rosso, não se preocupa. “São deputados que não foram eleitos pelo PSD. Queremos participar de nossa primeira eleição no DF e eleger nossos representantes. Não estamos preocupados com a saída deles, que foram importantes em determinado momento”, explicou. Apesar da tranquilidade demonstrada por Rosso, o certo é que a sigla perde totalmente a voz que tinha na Câmara.

Já o PEN chegou a ter três deputados e agora só restou um. A mudança faz parte de uma articulação feita com o presidente regional, Alírio Neto, deputado licenciado e secretário de Justiça do DF. Os distritais Professor Israel Batista (PV) e Dr. Michel (PP) fizeram um acordo com Alírio. Eles estavam interessados em deixar as legendas pelas quais foram eleitos (PDT e PSL, respectivamente) e usaram o partido apenas como trampolim. “Queremos fazer uma nominata com candidatos a distrital com potencial de até 10 mil votos”, confirma Alírio. 

Espaço 

O PDT, que tinha eleito um deputado em 2010 e ficou sem representatividade quando Professor Israel foi para o PEN, voltou a ganhar espaço e agora tem dois distritais na bancada. No entanto, a tendência é de que os deputados fiquem independentes. Joe Valle, que deixou o PSB e se tornou pedetista após a Rede Sustentabilidade ser indeferida pela Justiça Eleitoral, é alinhado ao Buriti, tendo indicações em áreas como a Secretaria de Agricultura e a Emater. Já Celina Leão, que deixou o PSD, é oposicionista e tem ligação com o grupo do ex-governador Joaquim Roriz (PRTB).

“Só o tempo vai dizer como o Joe e a Celina vão se posicionar. Com essa onda do PDT no DF lançar o nome do Reguffe como pré-candidato ao Buriti, a Celina está amando, pois demonstra que o partido está na oposição. Pela parte do Joe, a questão fica delicada, uma vez que ele não esconde de ninguém que é governista”, comenta um distrital.

O futuro pode reservar emoções extras para distritais alinhados com o governo e cujos partidos dão indicativo de que lançarão candidaturas fora dos interesses do Palácio do Buriti. Nessa situação, estão o próprio PDT e legendas como o PR, que recebeu a filiação do ex-governador José Roberto Arruda, e o PP, que recebeu o ex-vice-governador Paulo Octávio. Dr. Michel, que se tornou progressista no apagar das luzes, disse que não vai aceitar pressão partidária para passar a integrar a oposição. “Eu sou base e continuarei sendo até quando considerar que devo. Não aceito pressão de ninguém. Aliás, a única pressão que aceito é do povo, que foi quem me deu o mandato”, disse.

Fonte: Correio Braziliense

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