O
governador Agnelo Queiroz recorreu ao ministro do Trabalho, Brizola
Neto (foto), para que promova uma reconciliação do PDT com o Palácio do
Buriti. Em conversas paralelas, falou-se na possibilidade de que o
partido indicasse nomes para duas secretarias, uma delas a de Educação.
Pelo que contou a correligionários, Brizola Neto respondeu que não seria
o melhor intermediário. Nem o senador Cristovam Buarque, nem o deputado
José Antônio Reguffe e muito menos o presidente regional George Michel
fazem parte de sua corrente política interna.
Sem almoço, grátis ou não
Paciente interlocutor dos dirigentes partidários brasilienses, o
secretário do Conselho de Governo, Roberto Wagner, também conversou com
George Michel. Acenou com a possibilidade de um almoço de Cristovam
Buarque com o governador Agnelo Queiroz. George procurou Cristovam. O
senador recusou.
Pouco tempo para reformar
Cristovam diz que não vê qualquer interesse em um encontro como esse.
“O governador dirá tudo o que quiser, mas nada acontecerá”, afirma. O
senador diz que sua proposta — e aquilo que realmente o interessa —
seria promover uma verdadeira transformação educacional. “Mas não há
mais tempo para isso”, lamenta: “teremos só mais um ano de governo pela
frente”.
Só com agenda
Aliados de Cristovam acham que existe no Buriti um sentimento de
incômodo diante de uma eventual candidatura do senador ao Governo do
Distrito Federal. Cristovam tem, efetivamente, mantido contatos com
empresários, dirigentes partidários e sindicalistas. Sua ideia permanece
a de costurar o que chama de “grande concerto”, um acordo em que
categorias profissionais, líderes partidários e agentes públicos
concordariam com uma agenda de governo. “Se conseguirmos isso, estou até
disposto a discutir a presença na sucessão, se não, fico fora”, diz
Cristovam.
Fonte: Jornal de Brasília - Do Alto da Torre - Por Eduardo Brito
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