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domingo, 18 de novembro de 2012

Partidos pequenos podem desaparecer

Deputado distrital e presidente do PEN/DF Alírio Neto: projeto na Câmara Federal pode atrapalhar planos das pequenas siglas em 2014

Sem muito alarde, tramita na Câmara Federal o Projeto de Lei 260/11, do deputado federal pelo Mato Grosso Carlos Bezerra (PMDB), propondo o fim das coligações partidárias nas eleições proporcionais.

Caso venha a ser aprovado como está, acaba com a alegria de muitos políticos, principalmente de pequenos partidos. Para Bezerra, a união dos partidos em eleições, só tem um objetivo: aumentar o tempo da propaganda na TV e no rádio. “Este processo causa distorções partidárias no processo eleitoral.” De fato, partidos como o PMN, PRTB, PSL, PSol, PCO e tantas outras siglas não terão chances de eleger deputado com menos de 10 mil votos.

Bezerra quer alterar o Código Eleitoral (Lei 4.737/65) e a Lei das Eleições (Lei 9.504/97), que teriam as coligações autorizadas apenas nas eleições majoritárias. “Partidos coligados em uma determinada disputa, muitas vezes encontram-se em posições antagônicas na definição de programas e ações administrativas. Ou seja, partidos ideologicamente distintos unem-se para ganhar a eleição e depois assumem papéis opostos de situação e oposição, deixando perplexos os eleitores que imaginavam haver alguma coerência no sistema eleitoral.”

O recém-fundado Partido Ecológico Nacional (PEN) pode ser uma destas vítimas do PL 260. Anabolizado com 3 deputados federais e 30 estaduais, O PEN – caso mude as regras –, se não tiver um partido forte na coligação pode esquecer a meta de eleger uma grande bancada federal e estadual para, em 2018, ter chances reais em chegar ao Palácio do Buriti.

Espremido entre o PT e PMDB no Distrito Federal, o presidente da legenda no DF, deputado distrital Alírio Neto, tem consumido várias reuniões para ampliar o espaço e filiados na legenda. Ele não quer ser surpreendido na próxima eleição com um fracasso eleitoral, por isso, trabalha como um maluco para convencer  as bases nas regiões administrativas em que o PEN possa ter um bom caminho na política do DF.

Por Wilson Silvestre

Fonte: Postado por Do cafezinho

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