Deputado distrital e presidente do PEN/DF Alírio Neto: projeto na Câmara Federal pode atrapalhar planos das pequenas siglas em 2014
Sem muito alarde, tramita na Câmara Federal o Projeto de Lei 260/11, do deputado federal pelo Mato Grosso Carlos Bezerra (PMDB), propondo o fim das coligações partidárias nas eleições proporcionais.
Caso venha a ser aprovado como está, acaba com a alegria de muitos políticos, principalmente de pequenos partidos. Para Bezerra, a união dos partidos em eleições, só tem um objetivo: aumentar o tempo da propaganda na TV e no rádio. “Este processo causa distorções partidárias no processo eleitoral.” De fato, partidos como o PMN, PRTB, PSL, PSol, PCO e tantas outras siglas não terão chances de eleger deputado com menos de 10 mil votos.
Bezerra quer alterar o Código Eleitoral (Lei 4.737/65) e a Lei das
Eleições (Lei 9.504/97), que teriam as coligações autorizadas apenas nas
eleições majoritárias. “Partidos coligados em uma determinada disputa,
muitas vezes encontram-se em posições antagônicas na definição de
programas e ações administrativas. Ou seja, partidos ideologicamente
distintos unem-se para ganhar a eleição e depois assumem papéis opostos
de situação e oposição, deixando perplexos os eleitores que imaginavam
haver alguma coerência no sistema eleitoral.”
O recém-fundado Partido Ecológico Nacional (PEN) pode ser uma destas
vítimas do PL 260. Anabolizado com 3 deputados federais e 30 estaduais, O
PEN – caso mude as regras –, se não tiver um partido forte na coligação
pode esquecer a meta de eleger uma grande bancada federal e estadual
para, em 2018, ter chances reais em chegar ao Palácio do Buriti.
Espremido entre o PT e PMDB no Distrito Federal, o presidente da
legenda no DF, deputado distrital Alírio Neto, tem consumido várias
reuniões para ampliar o espaço e filiados na legenda. Ele não quer ser
surpreendido na próxima eleição com um fracasso eleitoral, por isso,
trabalha como um maluco para convencer as bases nas regiões
administrativas em que o PEN possa ter um bom caminho na política do DF.
Por Wilson Silvestre
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